Coluna Sangue Azul
Por Paulo de Souza Jr.
Após a eliminação das semifinais da Copa do Brasil, o Leão passou a encarar apenas o Brasileiro da Série A. E o início não tem sido nada animador para a nação azurra. O time perdeu em casa para o Atlético/MG por 3x1 após estar vencendo por 1x0.
Logo aos 8 minutos, o atacante Fábio Santos, artilheiro do Paulistão, abriu o placar após belo passe de Rafael Coelho. Parecia o início de uma nova era para o time azul e branco. Só parecia.
Aos 15 minutos, após escanteio escorado por Richarlyson, o zagueiro Leonardo Silva, livre de marcação, empatou o jogo. Acleisson ainda cobrou bela falta que foi espalmada por Diego Renan.
O segundo tempo não fez bem para o Leão. Aos dois minutos, cobrança de escanteio e o zagueiro Rever anotou o gol da virada. E, parecendo videotape, quinze minutos após, novamente Leonardo Silva em jogada idêntica, fez de cabeça o terceiro gol.
A partir daí, novamente um Avaí intranqüilo surgiu e coube ao Galo apenas administrar o desespero azurra.
O meia Marquinhos saiu de campo vaiado e, na segunda-feira seguinte, anunciava sua transferência para o Grêmio. Dois dias depois, a vez de Renan, que foi adquirido pelo Banco BMG e será incorporado ao elenco corintiano. Um desmanche no plantel avaiano.
Em meio a tudo isso, o jogo do último final de semana contra o Santos na Vila Belmiro. Mais do mesmo. Outra derrota por 3x1, com dois gols surgidos em cruzamentos na área avaiana de bola parada. Nos dois lances, o centroavante do time adversário livre de marcação. Inconcebível para uma linha de defesa de três zagueiros de um time de Série A.
O Leão ensaiou uma reação aos 42 minutos do 2º. tempo, mas sofreu o terceiro gol no contra-ataque e amargou a terceira derrota em três jogos, a pior defesa e a lanterna absoluta. Além disso, o técnico tem uma proposta arrasadora do futebol do Catar e deve deixar o comando da equipe nesta semana, talvez junto com o centroavante William.
Um início preocupante, uma vez que, o elenco avaiano não dá muitas opções ao técnico, as contratações vindas são jogadores reservas em seus clubes, o goleiro, inclusive, reserva no Mirassol de São Paulo.
As lições do ano anterior parecem não ter sido aprendidas. O coordenador técnico Moisés Cândido, ao deixar o Avaí no final do ano passado, disse claramente: “Se o clube cometer 1/3 de todas as coisas feitas este ano, não permanece na elite”. A profecia vai se tornando real.
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